Mais uma segunda-feira. Enquanto vinha para cá, para este trabalho, fiz uma retrospetiva do que foi esta minha vida de 15 anos de trabalho. 11 anos passei eu em funções para pagar as contas, que me davam dores de barriga, stress de Domingo, vida plena de questionamentos da minhas capacidades. Nada está diferente aos 36 anos. Permanece a frustração de não fazer render os fins-de-semana, de não “produzir”…mas que vida é esta que me obriga a trabalhar nos tempos que foram feitos para lazer…?Sei, hoje, coisas que não sabia…provavelmente, porque a vida, com as suas contingências e ensinamentos, me transformaram…não gosto de responsabilidades, porque elas vêm normalmente acompanhadas por coisas que eu não sei fazer, não estou à vontade. Desde que comecei a trabalhar, raras foram as vezes, que me senti com capacidade para ser “a responsável” por qualquer coisa…Tanta coisa que eu sei que não tenho jeito, e essa coisa cai-me no prato, sem eu sequer ter imaginado que uma nova função poderia, rápida e inesperadamente, resvalar naquela tarefa que eu sempre soube que não queria fazer. Partidas do Universo? Imano pelo medo?
Sei que não me posso só queixar, coisa que faço bem, eu sei, porque a meu desfavor está uma nova espécie de empreendedorismo temperamental, escravo de uma vontade, qu4e quando não aparece, define a vida num conceito redutor e que se traduz como: ver passar os dias. Ora convenhamos que isto não ajuda. Aliás, atrapalha bastante.
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