Do que um homem é capaz As coisas que ele faz P’ra chegar aonde quer É capaz de dar a vida P´ra levar de vencida Uma razão de viver A vida é como uma estrada Que vai sendo traçadaSem nunca arrepiar caminho E quem pensa estar parado Vai no sentido errado A caminhar sozinho Vejo a gente cuja a vida Vai sendo consumida Por miragens de poder Agarrados alguns ossos No meio dos destroços Do que nunca vão fazer Vão poluindo o percurso Co’as sobras do discurso Que lhes serviu pr’abrir caminho À custa das nossas utopias Usurpam regalias P´ra consumir sozinho Com políticas concretas Ímpões essas metas Que nos entram casa dentro Como a Trilateral Co’a treta liberal E as virtudes do centro No lugar da consciência A lei da concorrência Pisando tudo p´lo caminho P´ra castrar a juventude Mascaram de virtude O querer vencer sozinho Ficam cínicos, brutais Descendo cada vez mais P´ra subir cada vez menos Quanto mais o mal se expande Mais acham que ser grande É lixar os mais pequenos Quem escolhe ser assim Quando chegar ao fim Vai ver que errou o seu caminho Quanda a vida é hipotecada fim não sobra nada E acaba-a sozinho Mesmo sendo poderosos Tão fracos e gulosos Que precisam do poder Mesmo havendo tanta gente P´ra quem é indiferente Passar a vida a morrer Há principios e valores Há sonhos e há amores Que sempre irão abrir caminho E quem viver abraçado À vida que há ao lado Não vai morrer sozinho E que morrer abraçado À vida que há ao lado Não vai viver sozinho José Mário Branco – Música do album Resistir é Vencer
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