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Letras e Literatos

Prelúdio

Reteso as cordas desta velha lira,
 tonta viola que de mão em mão
 se afina e desafina, e donde ninguém tira
 senão acordes de inquietação.
 Chegou a minha vez, e não hesito:
 quero ao menos falhar em tom agudo.
 Cada som como um grito
 que no seu desespero diga tudo.
 E arrepelo a cítara divina.
 Agora ou nunca - meu refrão antigo.
 O destino destina,
 MAS O RESTO É COMIGO.
 Prelúdio, Miguel Torga

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