Menu
Crónicas

Aos que nos amam e aos que amamos

A beleza da vida está em quem nos acompanha na jornada. No amor incondicional perante as ausências, nos abraços sentidos depois das zangas, no perdão sem ressentimentos. Vamos ao engano todas as vezes que pensamos que a independência é o brasão da bravura, dos corajosos, dos audazes. Mas o que é isso de ser independente? É não precisar dos outros, é ter dinheiro, é ser livre, de quê e de quem? Se assim for, então nunca serei, nem quero ser independente. Quero albergar-me num amor maior, no amor estruturante, o amor avalista das vitórias e das derrotas. É desse amor puro, transformado em terreno forte, que nascem as construções de alicerces resistentes, que aguentam os abanões da vida. E é por isso, que quando parte desse amor desaba, se cai junto e somos engolidos pela saudade. Passamos a habitar nas ruínas da indiferença. E só nessa altura percebemos, que é na fraqueza dessa dependência, que encontramos o sentido para legitimar a nossa existência.

No Comments

    Leave a Reply