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Kaufmann Mercantile

Tás aí? Algures desse lado, a pensar em mim, e a fazeres a mesma pergunta…Tu que não tens rosto, nem forma, nem nome. Tu que ainda nem me conheces. Nem eu a ti..esperamos um pelo outro, num encontro que imaginamos perfeito, que só acontece às almas, e que basta (apenas) um olhar, e pronto, fica tudo dito. Sabes que neste compasso, tenho sentido, por demais, a tua ausência..o tempo, também, não tem ajudado muito. Frio, muita chuva e mais neve que o habitual. Na tua terra, também tem sido assim? Conta-me…Estou ansiosa por saber coisas a teu respeito…sopram rumores de mudança..tens ouvido? Não há quem não se queixe, não há quem não queira partir para novos desafios…e tu Meu Amor? à procura de ser feliz, não é? que difícil parece isso ser..faz-me falta o teu carinho e interesse, a partilha efetiva da vida um do outro, por isso me sinto só…e está tanta gente só, Meu Amor..acho que comungo da visão pessimista do Saramago acerca do mundo..os laços são fracos e transitórios. O status e a ostentação continuam a ocupar um lugar de destaque e as pessoas parecem-me cada vez menos fieis a elas próprias..só têm tempo para consumir e pouco mais..os “outros” são dispensáveis…apenas funcionam como legitimadores de alguma vitória mais egocêntrica…

vês como preciso de ti? preciso que leias os meus pensamentos, que num gesto preenchas este vazio, que estranhamente me persegue. Estou aqui, como sempre estarei para quem precisa de mim. E por ti Meu Amor, espero desassossegadamente…

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