Anda a apetecer-me receber a paixão. Daquela que chega sem avisar e se apodera da tua zona de conforto usurpando o teu sofá sem pedir licença. Anda apetecer-me receber a paixão, e juro que não me importarei, que ela remexa as minhas coisas e as ponha de cabeça para baixo porque eu estou cansada de estar na mesma. Anda apetecer-me receber a paixão, autoritária, intempestiva e devastadora que se serve sem qualquer formalidade de tudo o que temos, de tudo o que somos.
E quando acabar, o que interessa o que fica para arrumar perante aquela que é mais maravilhosa das catarses?
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