Começa com Jacques Brel o meu desafio de criar post dedicados ao sentir. Precisamos que o verbo sentir regresse. É urgente querer viver o amor. Daquele que resiste, não desiste, insiste. Do que teima em ficar…em amar. Precisamos resgatar da memória este sentimento que parece ser tão antigo e voltar a dizer orgulhosamente je t’aime. Precisamos voltar a usá-lo com tudo a que temos direito: esmero e desespero, obsessão e alienação. Mas precisamos envergá-lo com respeito e liberdade. Tão maltratado anda. Desvirtuaram toda a sua génese, deixaram-nos com a contrafação. Precisamos extinguir estes modelos atuais de felicidade por sentimentos reais e deixar para trás os ensinamentos expressos das 7-maneiras-para-ser-mais-feliz. Há coisas que precisam de ser vividas. De vez em quando é preciso descer aos infernos e encontrar o produto original: nós mesmos. De vez em quando é preciso ter a solidão e o escuro por companhia. Gritar a sós e em súplica mon amour, deambular com os violinos, planar por cima de um quotidiano…Não ter medo do sofrimento e ser capaz de o converter. Disponível apenas para quem não se contenta com imitações.
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